A madeira de demolição tem nos últimos anos ganhado destaque em projetos de arquitetura, mobiliário e design, conferindo sofisticação e sustentabilidade a peças únicas e atemporais. O Aqui Acolá conversou com o designer Anderson Fonseca, gerente da empresa alagoana Madeira Verdadeira – marcenaria especializada em material de demolição, para saber um pouco mais sobre o assunto.
Mas afinal, o que é madeira de demolição?
De acordo com o Fonseca, a madeira de demolição, como o próprio nome denuncia, vem da demolição de algumas edificações antigas. Muitas dessas madeiras são nobres, não degradam o meio ambiente, nem em seu processo de produção, menos ainda em seu consumo. Reutilizadas, ganham novas funcionalidades e são transformadas em verdadeiras obras de arte.
Anderson explica a diferença entre a madeira usada nas construções atuais e a madeira de demolição. Confira!
Qualquer madeira antiga poderá ser usada em projetos de arquitetura e design?
Nem toda madeira antiga poderá ser reaproveitada. A Peroba Rosa de demolição, originária da região Sul do país, é a mais comercializada atualmente. Desfilam também no hall das consideradas madeira de lei: a Sucupira, Ipê, Angelim, Carvalho, Jacarandá, Pinho de Riga, Cerejeira e a Braúna. Também são reaproveitadas as madeiras retiradas das linhas ferroviárias e as cruzetas de madeira, garimpadas dos postes de energia elétrica.
Devido à sua durabilidade e solidez, estas matérias-primas poderão ser usadas para construir praticamente tudo, desde objetos como mesas, cadeiras, tampos, cômodas, janelas até painéis que recobrem paredes, portas, assoalhos, jardins verticais, escadas, dentre outros. As possibilidades de reuso são infinitas. “Estamos estudando uma parceria com uma designer de joias que utiliza o pó da madeira em suas criações”, comenta Fonseca. Vislumbrando novos mercados.
Valor Agregado
Um dos principais benefícios do reuso da madeira de demolição, senão o mais importante, está diretamente ligado ao impacto ambiental reduzido. Segundo o designer, madeiras nobres em extinção são encontradas em demolições de casarões espalhados pelo país e não sofrem restrição. Ele também menciona a beleza, que é o grande diferencial.
“Expostas ao tempo, a madeira de demolição adquire texturas únicas e dá ao móvel ou ambiente um ar rústico e ao mesmo tempo sofisticado“.
Fonseca também fala sobre como é feito o reaproveitamento. Ouça!
Especializada em material de demolição, a Madeira Verdadeira segue um modelo de trabalho que se semelha ao próprio conceito do reuso da matéria-prima. Anderson fala sobre o método utilizado na empresa. Escute!
*Todas as imagens deste post foram cedidas pelo designer Anderson Fonseca.