Guia de Exposições


Casa-Museu Graciliano Ramos

Reinaugurada em abril deste ano, a Casa-Museu Graciliano Ramos, tombada pelo Patrimônio histórico do Brasil, reabriu suas portas em Palmeira dos Índios. O espaço integra o Sistema de Museus, gerenciado pelo Governo de Alagoas, e está aberta para receber e compartilhar a história de um dos mais importantes escritores da literatura brasileira. O novo projeto expográfico, assinado pelo estúdio Núcleo Zero, conta com conteúdos multiplataforma, além de um acervo rico com obras originais, fotos pessoais, roupas, documentos, máquina de escrever, objetos utilizados no filme Vidas Secas, o manuscrito da  carta que o romancista  enviaria a Getúlio Vargas após ser preso por razões políticas, em 1937, entre muitas outras coisas. A visitação é gratuita e acontece de terça a domingo, das 09h às 17horas.

Fundada em 5 de outubro de 1973, a Casa Museu Graciliano Ramos foi a morada de Graciliano Ramos durante anos e onde ele começou a escrever grande parte de suas obras. A primeira dela foi Caetés, que tem como cenário as ruas da cidade de Palmeiras dos Índios, que hoje está tomada pela memória do escritor.

Graciliano Ramos nasceu em Quebrangulo, mas foi em Palmeira dos Índios que deu início a sua carreira política e literária. Foi romancista, cronista, contista, jornalista, político e memorialista. É autor de livros clássicos como Vidas Secas, São Bernardo e Memórias do cárcere. Os três foram adaptados para o cinema, e diversas obras de Graciliano foram traduzidas para outras línguas. Graciliano morreu em 20 de março de 1953, escreveu 18 romances e está entre os grandes da literatura mundial de todos os tempos.

Local: Casa-Museu Graciliano Ramos

Palmeira dos Índios – AL

Visitação: De terça a domingo

Horários: 09h às 17horas

Entrada: gratuita

Exposição permanente


50 anos luz : uma trajetória artística

Teatro Deodoro

A Galeria do Complexo Cultural do Teatro Deodoro promove até 20 de junho uma verdadeira experiência imersiva no mundo de cores e abstrações de Lu Azul, que comemora cinco décadas de carreira com a individual “50 Anos Luz: Uma Trajetória Artística”.


Reino dos bobos

A partir desta segunda-feira, dia 14, quem passar pelo Maceió Shopping terá a oportunidade de ver de perto as máscaras do saudoso mestre Gilberto Tatuamunha e do Bobo gaiato, coletivo formado por jovens de Porto de Pedras, na exposição de carnaval “Reino dos bobos”.
As máscaras do coletivo que integram a mostra são de Thiago Souza, Vitão e Luciano da Silva, filho do mestre Gilberto. Além das máscaras, a exposição vai contar com peças representativas das festas de momo, como a boneca gigante “Mamãe” e estandartes de carnaval de Persivaldo Figueirôa, Gil Lopes, entre outros artistas.
Os bobos são parte das tradições de Porto de Pedras. Até a década de 1990, era costume a feitura das irreverentes máscaras. A partir dos anos 2000, a prática foi sendo esquecida, mas o mestre Gilberto Tatuamunha resistiu às mudanças e deu continuidade ao saber da região.
“Reino dos bobos” revela também parte da obra da nova geração de mascareiros num diálogo com as tradicionais máscaras do mestre, cujo legado segue perpetuado, eternizando a alegria de um carnaval que resiste. A mostra, com curadoria da museóloga Hildênia Oliveira, é uma realização do Museu Théo Brandão, Bobo Gaiato, Celso Brandão e Maceió Shopping.

Fonte: Ascom/Museu Théo Brandão / Fotos dos bobos: Bruno Atáide e Say Minato. Fotos de Gilberto Tatuamunha: Celso Brandão


Me Olhe nos Olhos

Materiais, cores e texturas se misturam em “Me Olhe nos Olhos”, exposição em cartaz até 06 de março no Complexo Cultural do Teatro Deodoro, do artista baiano Igor Rodrigues, propondo um debate sobre racismo, subjetividade, arte e saúde mental.

As obras partem de experiências pessoais do artista, formado em psicologia, mas que se encontrou na arte. Nesta mostra, Igor surge com novas técnicas, como carvão e acrílica, e utiliza materiais, como espelhos e cimento, deixando a arte digital de lado e experimentando as inúmeras possibilidades que a arte proporciona.

Esse trabalho começou como um sentimento, que se transformou em um pensamento, que foi crescendo, através de palavras, até se transformar em um grito. Então, eu espero ser ouvido pelas pessoas. Mesmo sendo um trabalho autobiográfico e bastante pessoal, estou propondo reflexões sobre temas que considero importantes para mim e para a sociedade, como racismo, branquitude, saúde mental e a subjetividade de uma pessoa negra. Assim, espero que as pessoas consigam se conectar com esse debate através do meu trabalho. Eu quero contribuir para que pessoas negras possam ter visibilidade dentro de uma sociedade que insiste em tentar nos apagar”, enfatiza o artista, Igor Rodrigues.

Local: Complexo Cultural Teatro Deodoro, Rua Barão de Maceió, 64 – Centro – Maceió/AL | Das 8h às 18h | Entrada franca


Nise da Silveira – A Revolução pelo Afeto

O Centro Cultural Banco do Brasil de Belo Horizonte recebe até 28 de março a exposição “Nise da Silveira – A Revolução pelo Afeto”. Com cerca de 100 obras surpreendentes, a mostra reúne telas e esculturas de artistas do Museu de Imagens do Inconsciente ao lado de peças de Lygia Clark, Abraham Palatinik e Zé Carlos Garcia, retratos de Alice Brill, Rogério Reis e Rafael Bqueer, vídeos de Leon Hirzsman, reproduções de desenhos de Carl Gustav Jung, aquarelas e fotos de Carlos Vergara. A curadoria é do Estúdio M’Baraká, com consultoria do museólogo Eurípedes Júnior e do psiquiatra Vitor Pordeus.

O mote para a sua montagem foram os 22 anos da morte de Nise da Silveira (1905-1999) – e 22 é um número associado à loucura no imaginário popular, tema abordado de forma revolucionária pela psiquiatra alagoana.

A boa notícia é que assim como a abordagem amorosa da psiquiatra alagoana ultrapassou os muros do hospital e ganhou o mundo, a mostra NISE DA SILVEIRA – A REVOLUÇÃO PELO AFETO também poderá ser vista de qualquer parte do planeta através do sites oficiais do CCBB em um Tour Virtual 360º. Basta acessar AQUI!

Exposição “Nise da Silveira – A Revolução pelo afeto”
Até 28 de março | De quarta à segunda, das 10h às 22h
Centro Cultural Banco do Brasil – (Praça da Liberdade, 450 – Funcionários)
Entrada Gratuita – mediante retirada de ingresso com agendamento prévio no site http://www.eventim.com.br

*Com informa de Fábio Gomides


Ruptura – O Chão da Nossa Casa

A exposição fotográfica “Ruptura – O Chão da Nossa Casa”, segue em exposição no piso principal do Complexo Cultural do Teatro Deodoro, até 06 de março.

A mostra fotográfica, que é resultado do trabalho de dez fotógrafos/as, algumas moradoras e ex-moradoras da área afetada pelas rachaduras, compõe uma narrativa visual que mostra o drama dos moradores atingidos pela consequência da mineração de sal-gema em parte de Maceió, e que os prejuízos vão muito além do material.

São 40 fotos, coloridas e em preto e branco, que oferecem aos seus espectadores uma leitura ampla dessa problemática avaliada como uma das maiores tragédias socioambientais urbanas do planeta. Além das imagens, a mostra também traz instalações montadas com peças das moradias destruídas pelas rachaduras, o que completa o conceito apresentado pelo coletivo Rupturas.

 Local: Complexo Cultural Teatro Deodoro, Rua Barão de Maceió, 64 – Centro – Maceió/AL | Das 8h às 18h | Entrada franca


Um olhar sobre o acervo – rendas e bordados

Com 25 anos de história, o A CASA – Museu do Objeto Brasileiro abriga a primeira mostra de 2022: “Um olhar sobre o acervo – rendas e bordados” reunindo peças do acervo de diversas técnicas e regiões do país. A seleção das peças e a montagem da exposição foram realizadas pelo designer de interiores Julio Rosa e pela jornalista Zizi Carderari.
“Bordados são muito difundidos no Brasil. Já as rendas estão em locais mais específicos, como a irlandesa de Divina Pastora, em Sergipe, a filé e a labirinto, no Ceará, e a de bilro de Morros de Mariana, no Piauí”, afirma Renata Mellão, fundadora do museu. “Todas elas, porém, revelam ao público as riquezas de um pujante Brasil, o Brasil que amamos!”

Além das técnicas tradicionais, há trabalhos contemporâneos, como os assinados por estilistas em parceria com associações de artesãs. “São cinco vestidos que vieram da exposição ‘Renda-se’ (2015), com curadoria de Dudu Bertolini”, diz Renata. Lino Villaventura, Adriana Barra, Amapô, André Lima e o próprio Bertolini confeccionaram os modelos que estarão expostos.

Há também, no espaço, a imponente escultura de bambu, criada pelo engenheiro Dom Fernandes, da Bronkz Bambu, remetendo a uma árvore. A peça, com 5,90 m de altura, foi inspirada na obra do arquiteto vietnamita Vo Trong Nghia e exibida pela primeira vez na CasaCor São Paulo 2021, no ambiente de Kalil Ferre Paisagismo. Na versão idealizada para o museu, ela ganhou um banco que circunda a estrutura.

A mostra contará ainda com trilha sonora do percussionista e compositor Caíto Marcondes e um audiovisual gravado por Dudu Bertolini, contando sua experiência em promover os vestidos com as associações de artesãs, e por João Braga, que relata a história da renda. Quem visitar a exposição terá ainda a oportunidade de conhecer a loja do museu, que foi renovada e oferece produtos artesanais de diferentes materiais e regiões brasileiras.

“UM OLHAR SOBRE O ACERVO – RENDAS E BORDADOS”
Data: Até 20 de março
Local: A CASA – Museu do Objeto Brasileiro
Endereço: Av. Pedroso de Moraes, 1216, Pinheiros.
Visitação: de terça a domingo, das 10h às 18h30.
Informações: (11) 94254-1179

*Com informações e fotografia de: Halinni Garcia


Simone Freitas expõe no novo Nakaffa

Nakaffa Café, Vinho e Arte

O novo Nakaffa Café, Vinho e Arte, inaugurado recentemente, abriu suas portas com a proposta de reunir em um mesmo espaço gastronomia, uma cartela de vinhos com mais de 50 rótulos, curadorias de arte e música e, claro, o já reconhecido café. A artista plástica e arquiteta Simone Freitas foi a primeira convidada do espaço para expor seus trabalhos de arte. A maceioense já expôs individualmente no Museu da Imagem e do Som de Alagoas (MISA), em 2018, com a mostra “Através do a(mar)” e, deste então, tem participado de coletivas e projetos especiais.

O novo espaço fica na Avenida Dr. Antônio Gomes de Barros, 1490, Jatiúca.


Jasson – O Sol Nasce para todos

CBTU Maceió | Em cartaz até 02 de fevereiro

Em sua 14ª Edição, o Prêmio Gustavo Leite levará a obra do mestre artesão Jasson Gonçalves a Estação Central de Trens de Maceió, graças a uma parceria entre o Museu Théo Brandão e a Companhia Brasileira de trens Urbanos. A entrega do Prêmio deverá ocorrer dia 02 de dezembro, seguida da exposição “O Sol Nasce para todos”. Cadeiras, carrancas e esculturas são algumas das peças que estarão expostas nesta primeira exposição individual do artista, que terá curadoria de Renan Quevedo. O projeto expográfico da mostra é assinado pela museóloga Hildênia Oliveira e pelas arquitetas Cynthia Fortes e Thaisa Sampaio.

A mostra individual ficará aberta à visitação até o dia  02 de fevereiro, de terça a sexta, das 9h às 16h, e aos sábados, das 12h às 16h, na Estação Ferroviária, sede da CBTU, no Centro de Maceió, próximo à Praça dos Palmares. Serão adotados todos os protocolos de segurança com relação à covid-19.

JASSON – Nascido em um pequeno povoado chamado Monte Santo, no município alagoano de Belo Monte, Jasson figura hoje entre os artistas brasileiros cujas peças são cobiçadas por colecionadores e galerias de todo o país. A entrada para o universo artístico aconteceu por volta de 2013. Antes de trabalhar com madeira na confecção da arte, Jasson fazia esculturas em gesso e cerâmica. A madeira transformada revelou o universo do Sertão em obra de arte e, aos poucos, a vida de Jasson foi mudando.

Serviço: O Sol Nasce para todos

Abertura: 2 de dezembro | às 19h30

Quando: Até 2 de fevereiro

Horário: de terça a sexta, das 9h às 16h, e aos sábados, das 12h às 16h

Onde: CBTU – Rua Barão de Anadia – 121, Centro

Jasson  - O Sol Nasce para todos | Foto:  Renner Boldrino

*Com informações da Ascom/ MTB |  Fotos: Renner Boldrino