Chegamos a mais uma lista com as 15 EXPOSIÇÕES MAIS MARCANTES DO ANO. Diferente das outras três edições, em 2018 convidamos 20 profissionais para influenciar nossas decisões. Participaram desta consulta arquitetos, jornalistas, Relações públicas, críticos de arte, escritores, professores, artistas e curadores, que não estiveram em exposição, produtores culturais e fotógrafos.
Outra novidade é que as 05 mostras mais mencionadas nas consultas foram presenteadas com uma escultura como forma de reconhecimento por seus trabalhos. As esculturas têm assinatura do artista visual Persivaldo Figueirôa.

Como sempre, se você não concordar, monte sua lista e vamos relembrar trabalhos de outros artistas. Deixamos claro que o nosso propósito é o de relembrar e reconhecer os mais interessantes e relevantes trabalho expostos durante o ano. E temos muito o que comemorar, tanto pelos artistas que no visitaram, como também por nossos talentos.

A exposição Reentrância, do artista plástico Heway Verçosa, ficou no topo da lista. A individual entrou em cartaz no Galpão 422 e teve curadoria assinada pela equipe artística da Galeria. A mostra foi um mergulho na trajetória de Verçosa. “Reentrância, ângulo ou curva para dentro, qualidade de quem volta a entrar, recolher-se, e nesse movimento busco a poesia de me visitar. Minha experiência pessoal como artista é permeada pelas lembranças da Zona da Mata e do Sertão e se fundem numa composição onírica sobre o que somos ou poderíamos ser… A urgência da delicadeza, do contato, da troca e do sentir. O corpo que se perde de seus habituais moldes para construir um ser sugerido. Lembrando, retornando”, declarou.


O segundo lugar ficou com RUIR, da fotógrafa alagoana Renata Voss, exposta na Galeria de Artes do SESC Centro. A mostra apresentou uma série de imagens que retratam a ação do tempo sobre a paisagem urbana da cidade de Salvador (Bahia) com edificações em situações de riscos. A exposição tinha também o objetivo de difundir o conhecimento dos processos fotográficos por parte do público, além de provocar uma discussão problematizada de forma poética sobre a cidade e suas apropriações e limitações.



NONADA, da artista capixaba Juliana Pessoa, foi a terceira exposição mais mencionada na nossa consulta. A artista trouxe para Maceió 60 desenhos feitos à mão com carvão, grafite, giz, pigmentos secos, argila, pólvora, papel e lixa em um papel simples. A inspiração surgiu a partir da leitura de uma série de obras escritas por autores nordestinos.

A coletiva “ Da margem para dentro” transpôs as ruas da cidade para o interior da Galeria CESMAC de Arte Fernando Lopes e alcançou o quarto lugar da nossa lista. Com curadoria de Carol Gusmão, a mostra segue em cartaz até fevereiro de 2019 com obras dos artistas Daniel Baboo, Rafael Santos, Tars, MunGanga, Suel, Wado, Levy Paz e Pão.



Reencontro – Por Trás do Véu, de Patrícia Melro, ficou com a quinta posição. A pintura abstracionista e contemplativa da artista alagoana tomou morada na Pinacoteca Universitária em abril deste ano, retratando as reminiscências de sua primeira individual junto com a maturidade que a pintora adquiriu desde então. Segundo ela, este trabalho configurou-se como um reencontro, uma continuação e manutenção do conceito de sua primeira exposição – Por Trás do Véu – que aconteceu em 2017.


Também apontaram na lista das exposições mais interessantes de 2018 Amarrações, do coletivo BaD do Rio de Janeiro ( Galeria do Sesc Centro), que trouxe para Maceió a face oculta da sociedade, desmascarando-a através da sutileza e sagacidade da arte; Vaqueiro – Uma Narrativa Fotográfica de Jorge Vieira, resultado de pesquisa realizada nos últimos dois anos, quando Vieira acompanhou a lida do vaqueiro Gerson Bezerra da Silva, na zona da mata alagoana (MISA Alagoas); e a mostra coletiva PROTEÇÃO, do grupo Perambular Fotográfico, que através do olhar de 33 fotógrafos instigou o visitante a ampliar sua visão sobre os diversos significados e importância da tão necessária proteção (IPHAN Alagoas).
Exposição Amarrações | Foto: Blog Aqui Acolá


Do charmoso BON VIN – Boutique & Bistrot, apareceram em nossa lista duas belíssimas exposições fotográficas: Souvenir, de Francisco Oiticica Filho, que mostrou vestígios da antiga monumentalidade trazida aos dias de hoje, rememorando a simbologia erigida para durar na forma da estatuária em locais públicos parisienses em sua maioria, cuja perda muitas vezes salutar de pompa e circunstância Francisco tão bem soube captar. E Treeângulos, da também fotógrafa Luísa Patury, que revelou o pulsar da vida através dos frutos, as frestas, os encontros, as arestas. Troncos firmes, copas fartas que alimentam, sustentam. Ostentam o sagrado ciclo da vida.
Tivemos ainda Metalmofose II, do escultor José Paulo, que visitou a Galeria do Sesc de Arapiraca com seus inúmeros animais metamorfósicos construídos com material reciclado. A individual Xilentropias, do artista Judivan Lopes (Galeria de Arte da Unidade Sesc Centro), que também instigou o interesse de alguns dos nossos consultores. Com curadoria de Milla Pasan e Fábrica de Ideias, a montagem apresentou elementos da composição tradicional da xilogravura com os processos de computação gráfica. Peças com características hibridizadas por tecnologias tradicionais e emergentes, mestiçadas pelo artesanal com a eletrônica, com elementos do analógico e do digital foram apresentadas ao público visitante. Também misturando arte e conscientização ambiental, a exposição Educando e reciclando com arte (Museu Théo Brandão), do artista e professor Alcides Sales, foi bastante elogiada e contou com inúmeros acessos no nosso blog. Inaugurada durante a abertura da Semana de Museus em maio, expôs peças produzidas com materiais que iriam para o lixo, mas que passaram pelas mãos cuidadosas de Alcides.



E finalizamos nossa lista com duas exposições Nafis : João Pé de Vento, homônima do artista alagoano, que mostrou seus trabalhos carregados da simbologia campestre e litorânea pela primeira em Maceió, no Café da Linda Mascarenhas. E Em nome da Cor, do artista Max Almeida, com temáticas que vão do universo religioso ao imaginário do cotidiano popular nordestino. A mostra segue até 06 de fevereiro no espaço da Casa do Patrimônio, no prédio do IPHAN Alagoas. Ambos estrearam exposições individuais em 2018.


Fiquei muito feliz com a notícia! Agradeço à equipe do Blog AquiAcolá e ao júri pela seleção e também à equipe da Diteal pela oportunidade de expor meus trabalhos em Alagoas – onde pude conhecer pessoas generosas e marcantes. Eita terra boa!
bem escolhido.