Entre idas e vindas, reformas e ampliações, a Pinacoteca Universitária vem há 35 anos abrigando e divulgando a arte no estado. Uma parte das telas, esculturas, fotografias e instalações de seu imenso acervo está em cartaz num salão feito especialmente para contar um pedaço da sua história, que se confunde com a própria trajetória da arte alagoana.
O salão do acervo Professor Aloysio Galvão foi inaugurado em dezembro de 2015 e é resultado de um estudo expográfico feito pela curadora e professora da Universidade Federal da Bahia Alejandra Muñoz. As obras contidas nesse trabalho contabilizam um terço de todo o acervo da Pinacoteca, que foi estudado minuciosamente pela curadora para a montagem do salão. “São 55 obras de 33 artistas. Ela viu e estudou todas as peças e percebeu um link entre essas que estão aqui”, afirmou a coordenadora Maria Christina Cavalcanti. “Ela procurou fazer com que os trabalhos se falassem, tivessem uma linguagem e montou a exposição dividida em núcleos”.
O grupo inicial é dedicado às primeiras obras da coleção da Pinacoteca e contêm obras de temáticas folclóricas, populares e surrealistas, frutos de artistas academicamente formados, assim como autodidatas. Já o segundo engloba os artistas da chamada Geração 80 e do Parque Lage do Rio de Janeiro. O terceiro traz várias técnicas artísticas que veem no corpo o suporte para seus trabalhos. E por fim, o quarto grupo é dedicado às fotografias e vídeos vinculados à arte contemporânea.
Em todo o salão, o visitante pode conferir trabalhos de Reinaldo Lessa, Rogério Gomes, Bárbara Lessa, Getúlio Motta, Roberto Lopes, Pierre Chalita, José Joaquim, Fernando Lopes, SUEL, Felipe Camelo, Renata Voss, Fernando Pontes, Nímia Braga, Celso Brandão, Camila Cavalcante, Marianna Bernardes, Karla Melanias, Ddaniela Aguilar, Martha Araújo, Vera Arruda, Maria Amélia Vieira, Jeanine Toledo, Delson Uchôa, Paulo Bruscky, Rosivaldo Reis, Eva Cavalcante, Dalton Costa, Fayga Ostrower, Eva Le Campion, Roberto Lúcio, Alice Vinagre e Marcos Aurélio.
“A visitação está muito boa durante todo esse tempo. Nós fazemos uma divulgação em escolas, nas próprias redes sociais, meios de comunicação, então sempre tem gente visitando nossas exposições”. O intuito é manter a montagem no mínimo até o final de 2017 como uma exposição permanente.
“A Pinacoteca é um marco na história da arte em Alagoas, porque desde o início ela teve esse enfoque contemporâneo, diferentes de outros museus que temos aqui”, diz Christina. “Esse é o nosso diferencial grande peso. A Pinacoteca está aqui pra contar essa história de 35 anos de arte”, conclui.
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