Neste mês de setembro, o Aqui Acolá destaca o trabalho da pintora Teresa Lima. Apesar do pouco tempo de carreira, ela vem se notabilizando como um nome forte da nova arte contemporânea em Alagoas, apresentando quadros repletos de significados e marcando presença em diversas exposições coletivas e individuais.
Natural de Viçosa-AL, começou a rabiscar seus primeiros traços no papel ainda criança e aos 19 anos adotou os pincéis, as tintas e as telas como principal modo de expressão de sua criatividade e inventividade. Corajosa, autodidata e ousada, entrou de cabeça no mundo da pintura e começou a criar e desenvolver seu próprio traço, seu próprio mundo.
“Minha entrada nesse mundo aconteceu naturalmente. Foi através de pessoas amigas que visitavam minha casa e viam meus quadros que me disseram que eu tinha algum talento”, diz Teresa. “Fui convidada a participar de minha primeira exposição há 3 anos, no Instituto da Visão, e a partir dessa foram surgindo outras oportunidades”. De lá pra cá, organizou 3 exposições individuais e suas obras já apareceram em diversos locais da cidade como o Centro de Convenções, Cesmac, Mupa, Cenarte, Maceió Shopping e Arte Pajuçara.



Seu processo de produção é bem espontâneo. “Sempre estou fazendo alguma coisa, não necessariamente pintando um quadro todos os dias. Às vezes só o desenho já me satisfaz naquele momento”. O traço de Teresa é uma mescla bem sucedida entre o figurativo e o surreal embebidos nas cores das tintas acrílicas. “Procuro fugir do realismo, pois acho que já vemos isso em outras artes como a fotografia. Então, gosto de buscar o novo, o diferente”, comenta.
Ela afirma que gosta de desenvolver seus trabalhos a partir de ideias ou temas. O universo indígena é um dos mais recentes e alguns quadros dessa série podem ser visto no corredor de entrada do Centro de Belas Artes (Cenarte), no Centro da cidade. O tema também foi fonte de inspiração para a intervenção de Teresa Lima na logomarca do Aqui Acolá.


Destemida e apreciadora de desafios, há mais de um ano se tornou professora voluntária no Cenarte e transmite o conhecimento que aprendeu com suas produções a alunos de várias idades. Além disso, ultimamente ela vem fazendo experiências com papietagem, esculturas feitas a partir do papel. O resultado comporá uma futura exposição coletiva e, pelo entusiasmo da artista, poderá possibilitar uma nova abertura e formato para suas criações.
