Degustação

Visitando o Museu Théo Brandão

Com localização privilegiada, situado na Avenida da Paz, no centro de Maceió, o Museu Théo Brandão de Antropologia e Folclore é uma ótima opção para quem quer conhecer um pouco sobre arte popular. O espaço reúne peças artesanais de diferentes regiões de Alagoas e o visitante poderá encontrar ainda objetos da cultura popular de outras partes do Brasil e até do Mundo.

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Com localização privilegiada, situado na Avenida da Paz, no centro de Maceió, o Museu Théo Brandão de Antropologia e Folclore é uma ótima opção para quem quer conhecer um pouco sobre arte popular. O espaço reúne peças artesanais de diferentes regiões de Alagoas e o visitante poderá encontrar ainda objetos da cultura popular de outras partes do Brasil e até do Mundo.

O velho casarão que abriga atualmente o museu é por si uma belíssima atração. Com ares de quem já abrigou gente muito importante. Hoje serve ao propósito maior de acolher o “fazer” e “saber” popular.

Logo na entrada, uma escada de madeira te levará a um mergulho na cultura popular alagoana equivalente a um século  de história. Mas, se você for fã de espaços  culturais modernos e interativos, vou logo avisando: O Museu Théo Brandão cheira a naftalina. Ainda que conte com  instalações museógrafa contemporâneas.

Ao final da escada você encontrará simpáticos monitores que orientarão sua visita, ou você mesmo poderá se aventurar. No lado direito, você encontrará facilmente a sala “Brava Gente Alagoana”, que reúne imagens de folguedos populares e ícones da nossa história, além de peças artesanais e um espaço com objetos do folclorista Théo Brandão, que além do nome, cedeu ao museu seu acervo pessoal, adquirido ao longo da vida.

Do lado esquerdo, duas salas te conduzirão a uma imersão no universo do barro e da madeira. Importantes artesãos marcam presença no local com suas belíssimas e surpreendentes peças, utilitárias ou artesanais.

 No centro do casarão você encontrará uma pequena lojinha com livros, CDs, DVDs, cordéis e algumas esculturas. Se puder, reserve uma grana para conhecer um pouco mais sobre a história cultural de Alagoas; ouvir as músicas do nosso cancioneiro popular; e se deliciar com a poesia matuta que continua a ser produzida na terra de Djavan; e quem sabe até levar uma lembrancinha. Mas, como dizia meu avô “Lá só com dinheiro vivo”. Nada de crédito, muito menos  débito automático.

Do lado da lojinha, a sala da “Fé” com ex-votos, alguns santos e instrumentos utilizados pelas religiões de matriz africana dão uma amostra de como é o sincretismo religioso nordestino.

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Representação dos ex-votos, sala da “Fé” (Foto: Isaac Neves)

Na sequencia, uma outra escada te conduzirá a  mais duas salas. A sala do “Guerreiro” com indumentos e projeções com depoimentos e imagens do nosso rico folguedo. Na sala ao lado, “Mamãe”, personagem fictícia do bloco carnavalesco “Filhinhos da Mamãe”, divide espaço com outros personagens e alegorias para contar a histórias das tradições carnavalescas em terras caetés.

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Indumentária do Guerreiro (Foto: Isaac Neves)

 No térreo, o museu conta com dois espaços destinados a abrigar exposições temporárias e auditório onde acontecem palestras, reuniões, cursos e oficinas. Na ocasião da nossa visita (04/10/2014), estava em cartaz a exposição “José Petrônio Farias dos Anjos”, resultado do Prêmio Gustavo Leite, Artesão do ano 2014.

Emissários do Aqui Acolá exploram o Théo Brandão

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Emissários do Aqui Acolá: Isaac Neves e Nicollas Serafim

O Aqui Acolá convidou dois jovens alagoanos para explorar o ambiente e descrever suas impressões ao visitar pela primeira vez o Théo Brandão. Confira abaixo os depoimentos:

Isaac Neves, 25 anos, jornalista.

Acho que o Théo Brandão oferece a oportunidade para os alagoanos conhecerem suas próprias origens, já que parte de nós fomos perdendo o contato com essa cultura, essas referências de identidade regional. Mas chamou a minha atenção a arte do sertanejo José Petrônio, algo mais contemporâneo. As esculturas são ao mesmo tempo rústicas e sofisticadas. Algumas peças deixam você em dúvida se está olhando para um objeto natural pouco modificado ou uma obra surrealista pensada em cada detalhe.

Nicollas Serafim,22 anos, estudante de jornalismo da UFAL.

Uma das salas que mais me chamou a atenção foi a do Guerreiro, folguedo do folclore alagoano dos mais tradicionais. Nas paredes estão escritos versos cantados pelos mestres, telas mostrando vídeos de apresentações ou depoimentos, além de alguns modelos dos tradicionais chapéus em forma de catedral, adornados com fitas coloridas e brilhos.

No meio da sala, um muro circular imitando as paredes de uma casa de taipa dá a beleza da instalação. No interior, figuras de gente dançando o folguedo impressas em vidro criam uma ilusão de três dimensões, o que dá um belo efeito. E no centro da sala, o ápice da exposição, vários chapéus de Guerreiro pendurados em cima de um espelho circular no chão, causando um efeito de profundidade e multiplicando a beleza, o colorido e a tradição do folclore popular.

Essa parte da exposição permanente merece ser visitada porque conta um traço fundamental da identidade e da cultura de Alagoas, que se iniciou no passado, está ativa no presente, e irá continuar no futuro, com toda a certeza.

Confira o ensaio fotográfico completo AQUI!


Informações sobre o Museu Théo Brandão: Avenida da Paz, 1490, Centro, Maceió – Alagoas | Horário: Ter – Sex: 09h – 17h; Sáb: 14h – 17h. | Telefone (82) 3214-1711 | Valor da entrada: R$: 4,00 (INTEIRA) R$: 2,00 (MEIA)

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