Seus trabalhos misturam arte digital com colagens, miçangas e material reciclado e chamam atenção pela riqueza de detalhes e pela conexão de linguagens artísticas distintas. Utilizando os ventos da Pop Art, dos trabalhos artesanais e da arte contemporânea, seu trabalho ganhou vida e os ares do mundo, notabilizando-o como um artista novo e original. As colagens com miçangas também fizeram parte da intervenção de Sérgio Vasco na logomarca do blog Aqui Acolá. “Como meu primeiro trabalho conhecido aqui foi algo em cima dessa temática, eu resolvi utilizá-la dentro de um quadro em cima da logo do blog”, comentou em 2016, em entrevista ao jornalista Nicollas Serafim.
Formou-se em Design pela Universidade Federal de Pernambuco ao mesmo tempo em que estudava pintura e desenho na Escola de Belas Artes. Contudo, curiosamente, seu trabalho passa longe das artes plásticas tradicionais. “Já trabalhei com vitrais, objetos montados com papel e outras coisas. Mas, em 2011 eu desenvolvi uma técnica de colagem com pintura e foi através dela que terminei indo parar na China para fazer uma exposição representando o Brasil”, disse ele.
Sérgio atravessou o mundo e passou 4 meses na China e, a partir dessa experiência, a arte passou a ocupar um patamar superior em sua vida.
“Meu trabalho é identificado como Pop Art, que consiste em pegar fotografias de pessoas conhecidas, modifica-las digitalmente e, a partir dele, desenvolver a obra utilizando miçangas e pedrarias. É um trabalho bem diferente”, comenta. Além das miçangas, ele também utiliza muitos materiais reciclados como papéis, filtros de café usados e outros objetos que possam ser reutilizados e reinventados.
Outro aspecto que identifica o trabalho de Sérgio é Frida Kahlo, pintora e ícone da cultura mexicana. A figura de Frida se tornou para ele tanto fonte de admiração quanto de inspiração. “Tenho uma admiração profunda por ela e um certo dia comecei a trabalhar uma fotografia dela pelo computador, quando imprimi me veio a ideia de fazer uma intervenção com colagens e isso começou a definir meu trabalho individual”.
Além da exposição na China, de volta ao Brasil já mostrou seus trabalhos em coletivas e salões de arte em Alagoas e Pernambuco.
*Texto: Nicollas Serafim | Reedição: Iranei Barreto | Créditos das imagens: Acervo pessoal do artista
Link da 1ª publicação da matéria de 15 de agosto de 2016: