Clássicos do Brega Música

Sessão Clássicos do Brega  | Se for para Sofrer, então vamos a waldick

Em tempos de sofrência, o Aqui Acolá estreia a sessão Clássicos do Brega com o autor de “Eu não Sou Cachorro Não”, Waldick Soriano. O baiano de Caetité, em seus mais de 50 anos de carreira, entoou sucessos que ecoarão por toda eternidade, acalentando corações amargurados em noites boemias. Sofrer ao som deste ícone não tem preço. Até quem não está apaixonado, deseja se apaixonar e desapaixonar para curtir uma boa dor-de-cotovelo.

Em tempos de sofrência, o Aqui Acolá estreia a Sessão Clássicos do Brega com o autor de “Eu não Sou Cachorro Não”, Waldick Soriano. O baiano de Caetité, em seus mais de 50 anos de carreira, entoou sucessos que ecoarão por toda eternidade, acalentando corações amargurados em noites boêmias. Sofrer ao som deste ícone não tem preço. Até quem não está apaixonado, deseja se apaixonar e desapaixonar para curtir uma boa dor-de-cotovelo.

“Quem eu quero não me quer

Quem me quer mandei embora

É por isso que eu não sei

O que será de mim agora”

(Quem eu quero não me quer)

Waldick despontou nas paradas de sucesso com a canção “Quem és tu?”, do seu primeiro disco em 78 rpm, lançado pela gravadora Chantecler, em 1960. Desde então, o artista caiu nas graças do público imprimindo um estilo próprio de cantar e se vestir.  As roupas pretas, chapéu e óculos escuros eram sua marca registrada. O cantor e compositor chegou a ser classificado pela revista “Nossa História”, como “o mais folclórico dos cafonas“.

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De acordo com o Dicionário Cravo Albin, o estilo de Waldick foi inspirado no personagem de filme de faroeste Durango Kid, do qual incorpou, em suas apresentações, a imagem de chapéu preto e da roupa preta, que adaptou para o paletó, à moda dos malandros de cabaré, complementando com o eterno óculos escuros.

Quem és tu?

Para querer manchar meu nome

Quem és tu?

Se fui eu quem matou tua fome

Quem és tu? Não és ninguém, não és nada

Quando eu te conheci

Vivias pelas ruas

 (Quem és tú)

Criticado e desprezado pelos intelectuais, amado pelas plateias populares, Waldick Soriano foi dos mais polêmicos e marcantes artistas da história da nossa música. Tornou-se ícone do brega, símbolo de uma manifestação cultural, pulsante e criativa, deu voz ao sentimento do brasileiro oprimido.

Suas composições tratavam sempre de traições, inveja e amores não correspondidos. De acordo com depoimento do próprio artista à “Revista O Globo”, transitou por extremos. “Já cantei em casa de bacana e em puteiro de beira de estrada. Não me arrependo de nada que fiz nem das marcas que a vida me deixou!”, declarou.

Amigo,

Por favor, leve essa carta

E entregue àquela ingrata

E diga como estou

Com os olhos rasos d’água

E o coração cheio de mágoa

Estou morrendo de amor

(Paixão De Um Homem)

“Eu não sou cachorro não”, que virou expressão de uso corrente em vários estados do país e jargão característico da música brega, não foi seu único sucesso. “Paixão de um Homem“; “A Carta“; “A Dama de Vermelho“; “Tortura de amor“; “Perfume de gardênia“, de Rafael Hernandez, versão de Waldick Soriano; “Você mudou demais“; “Nostalgia“; e “Se Eu Morresse Amanhã” também se tornaram muito conhecidas.

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O cantor também participou dos filmes “Paixão de um homem” (também título de uma de suas músicas), dirigido por Egídio Eccio, em 1972, e “O poderoso garanhão” (parodiando o filme O poderoso chefão, de Francis Ford Coppola), dirigido por Antônio B. Thomé, em 1973.

Hoje que a noite está calma

E que minh’alma esperava por ti

Apareceste afinal

Torturando este ser que te adora

Volta fica comigo

Só mais uma noite

(Torturas de Amor)

Waldick Soriano faleceu em 2008, aos 75 anos, deixando 85 discos gravados e mais de 500 composições. Seu último lançamento foi o “CD Waldick Soriano Ao Vivo”, gravado em Fortaleza. O disco chegou às lojas junto com o documentário “Waldick, Sempre no Meu Coração”, dirigido pela atriz Patrícia Pillar.

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